sábado, 24 de maio de 2008

A União

Unasul nasce com valor mais simbólico do que prático; Colômbia não apóia conselho de defesa; O globo online, 23/05/2008, 21h07m.

Um resumo – A união das nações sul-americanas foi oficializada neste dia 23/05/2008 em Brasília, com a participação de 11 chefes de estados e um vice-presidente. Contudo a Unasul não nasceu como se esperava inicialmente. Diante de uma posição abertamente desfavorável do presidente da Colômbia, Celso Uribe, não foi aprovada a criação do conselho de defesa sul-americano. A crise entre Colômbia, Venezuela e Equador foi uma dificuldade a mais para a implantação do conselho. Os presidentes discursaram a favor e pregando o grande papel integrador desta União, que será aberta a adesão de países da América Latina e Caribe, mas cientes de que há um longo caminho para ser percorrido.

Uma análise – A reportagem procura transmitir a decepção dos planos para criação do conselho de segurança e as poucas perspectivas para esta Unasul, dada sua grande disparidade entre os países. A soma do PIB dos demais membros do bloco dá menos de 80% do PIB do Brasil, segundo dados do FMI. O segundo maior PIB, o dá Argentina (U$ 259.999), é um quinto do PIB do Brasil (U$ 1.313.590), e o menor, da Guiana ( U$ 1.039) é menos do que um milésimo do nosso. Em um mundo globalizado, onde a luta por consumidores e tratados econômicos se dá de forma selvagem, é um bom negócio para o Brasil, mas não há a menor possibilidade de integração efetiva entre estes países, nos moldes da União Européia, dada sua disparidade econômica, social e institucional. Para o administrador pode ser uma oportunidade que se abre, desde que sejam criados mecanismos de garantias institucionais, para não acontecer o que aconteceu com a Petrobrás na Bolívia.

sábado, 10 de maio de 2008

Milho de Ouro


O mundo em guerra pelo pão, Gustavo Gantois, Isto é Dinheiro, 23 de abril de 2008
Um resumo – uma crise global no mercado de alimentos que inflacionaram os mercados mundiais geraram diferentes manifestações de autoridades ao redor do mundo. Jean Ziegler, comissário da ONU afirmou que “Biocombustíveis são um verdadeiro crime contra a humanidade”, já o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn declarou que “As políticas energéticas nos EUA podem causar uma fome mundial”. Na França foi observado uma inflação de 6,2% e 11,24% em São Paulo no mês de março. Por outro lado, várias autoridades entraram no circuito para esclarecer que não é o simples processo de produção de biocombustíveis que está drenado os recursos alimentares, mas alguns programas específicos, como o estadunidense, e o acelerado processo de crescimento do mercado emergente. No Brasil, a despeito da inflação nos preços dos alimentos, não há risco de desabastecimento.
Uma análise – a reportagem traça um cenário das opiniões sobre a inflação mundial de alimentos, nos quais uns atacam os processos de biocombustíveis ao redor do mundo e outros ponderam que á processo e processo de produção, e que mesmo estes não são responsáveis pela crise de desabastecimentos de alimentos. O sistema de produção brasileiro não impacta a produção de alimentos como o sistema americano, que é subsidiado e diminuiu a área plantada para produção de alimentos. Além disso há o impacto do preço do dolar à US$ 114,00 (US$ 126,00 na sexta-feira), quebras de safras e o aumento do consumo em países como Brasil, China e Índia. Esta alta não deverá ser breve, e deverá ser considerada no processo de tomada de decisão dos empresários que atuam no setor.